Limulus Polyphemus, o caranguejo-ferradura

Limulus Polyphemus, o caranguejo-ferradura

Caranguejo-ferradura é classificado como um artrópode com mais de 300 milhões de anos. Por não terem sofrido grandes mutações ao longo do tempo e se assemelharem aos seus primeiros exemplares, são considerados fósseis vivos.

Atualmente, existem quatro espécies de Caranguejo-ferradura: Limulus polyphemus, Tachypleus tridentatus, Tachypleus gigas e Carcinoscorpius rotundicauda.

O Limulus polyphemus, também conhecido como Caranguejo-ferradura americano, é o único representante existente do gênero Limulus e habita a costa atlântica da América do Norte, desde a Península de Yucatán (México) até Maine (EUA). As outras três espécies habitam as águas costeiras da Ásia, da Índia ao Japão, incluindo as Índias Orientais e Filipinas. 

O sangue desse animal é considerado um dos líquidos mais caros do mundo, onde apenas um litro pode custar cerca de 15 mil dólares. A cor azul vem da presença de cobre no sangue, além disso também é possível encontrar um componente que é capaz de reter as bactérias por meio da coagulação. Cerca de 30% do seu sangue é extraído e após o procedimento esses animais são devolvidos para a natureza.

Portanto, são animais extremamente importantes para a ciência, pois desde 1970 cientistas extraem o sangue deste animal para ser utilizado no Teste do Lisado de Amebócito Limulus (LAL), sendo um teste importante para a detecção de endotoxinas bacterianas em produtos farmacêuticos e em outras aplicações médicas. Embora o  teste LAL seja muito utilizado para a detecção dos  lipopolissacarídeos  (LPS) em produtos farmacêuticos, seu uso se estende ao diagnóstico de endotoxemia associada à cirrose, câncer, meningite, doenças oculares, problemas dentais, doenças venéreas, infecções do trato urinário, assim como na análise da qualidade das águas.

Bibliografia:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-51825719
https://www.wakopyrostar.com/blog-pt/kit-lal/post/aplicacoes-potenciais-do-caranguejo-ferradura-no-desenvolvimento-de-produtos-para-saude/
https://doi.org/10.1007/s11160-016-9461-y

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